terça-feira, 28 de abril de 2015

Gravação do DVD dos Titãs: Teve até riff de guitarra cantado pela plateia




Fãs e convidados estiveram presentes na Audio Club, em São Paulo, na última sexta-feira, dia 24, para acompanhar e participar da gravação do DVD dos Titãs, "Nheengatu ao Vivo".

O DVD complementará a experiência do álbum "Nheengatu", lançado ano passado, que recebeu diversos elogios da crítica, principalmente por voltar aos sons mais pesados como se ouviu em "Titanomaquia" e "Cabeça Dinossauro".

Já havia passado da meia noite quando Branco Mello, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Bellotto, os atuais quatro integrantes da banda, mais o baterista convidado Mario Fabre entraram no palco vestindo máscaras, inspiradas no videoclipe de "Fardado", que abriu o show. Eles continuaram vestindo as máscaras nas três músicas seguintes, todas do "Nheengatu".

Tiradas as máscaras, uma sequência de clássicas, começando com uma surpresa: "Massacre", que não era executada ao vivo desde 1994, no saudoso Hollywood Rock, e logo depois "Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas", outra rara de se ver ao vivo, além de "Lugar Nenhum".

O show seguiu alternando músicas do "Nheengatu", é claro (foram 9 das 12 faixas do álbum) e um apanhado dos 30 anos de carreira da banda, com destaque para "Diversão", cuja interação do público, cantando o riff da guitarra, rendeu um final estendido.

A gravação em si terminou com versões mais pesadas de "Televisão" e "Sonífera Ilha". Depois disso a banda se despediu do palco e aparentemente estava encerrada a gravação. Após alguns minutos de insistência dos fãs, Paulo Miklos voltou para dizer que eles iriam fazer um bis e depois tocar 'o que vocês quiserem’. Sinal que boa coisa vinha aí.

Era uma gravação ao vivo, e claro, nem sempre sai tudo perfeito. Portanto eles voltaram com as máscaras para regravar algumas músicas que eles julgaram que não ficaram muito boas. Mesmo ouvindo novamente, o público não desanimou.

Terminado o bis, ou melhor, a reprise, só vieram clássicos: "Polícia", "Homem Primata", "AA UU", "Flores" e "Bichos Escrotos". Havia ainda tempo para mais um bis, depois que algumas pessoas já até tinham deixado a casa: "Marvin", "Igreja" e "O Pulso".

Contando todos os intervalos, o atraso para começar e as regravações, o show terminou depois das 2 da manhã. Isso obviamente dificultou muito a volta para casa de quem usa de transporte público. Hoje, ainda bem, temos linhas noturnas de ônibus, mas o metrô (a estação Barra Funda é logo ali ao lado) continua fechando à meia noite, hora que o show nem havia começado. Para a cultura ser mais acessível a todos, tanto as casas deveriam começar seus shows mais cedo, quanto todo o transporte público de São Paulo estar disponível até mais tarde, se não 24 horas por dia.

Os Titãs, no começo de carreira, eram chamados de 'a maior banda de rock do Brasil', uma brincadeira com o número de integrantes (eram oito). Hoje, com metade dos integrantes, e completando mais de 30 anos de carreira, pode-se dizer que ainda é uma das maiores e melhores bandas do rock nacional.


fonte: Território da Música

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